Reajustes de 4%, em duas parcelas, é aprovado pelos Deputados Estaduais na ALBA

Reajustes de 4%, em duas parcelas, é aprovado pelos Deputados Estaduais na ALBA

Em uma sessão marcada pela indignação e fortes protestos, dentro e fora da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) nesta terça-feira (28 de maio), que durou 04 horas, os deputados aprovaram o projeto de lei de reajuste salarial de 4 % aos servidores públicos do Estado da Bahia. A categoria protestou no plenário e na entrada contra a proposta indecorosa encaminhada pelo Governador Jerônimo Rodrigues.

O Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado da Bahia – Sindsaúde – Ba vem buscando abrir mesa de negociação desde 05 de fevereiro, quando protocolou ofício com todas as pautas da categoria, sem retorno. Após a apresentação do projeto de lei pelo governo, 06 assembleias da categoria foram realizadas, todas rejeitando a proposta maldosa de reajuste salarial de 4%, em duas parcelas, sem retroativo, uma vergonha para o atual governo.
A diretoria esteve em reunião com representantes do Governo do Estado em dois momentos, ambas, pontuando as pautas e defendendo reajuste de 10%, com retroativo. Segundo a presidente Ivanilda Brito, a diretoria, junto com outras entidades, divulgaram e apresentaram que existe, sim, conforme estudos do DIESSE, condições viáveis para o Governo do Estado conceder o reajuste no percentual de 10%. Munidos de estudos e aprofundamento legal para não chegarem despreparados diante da mesa de negociações, os dirigentes sindicais sugeriram soluções viáveis ao Executivo para que fosse cumprida a proposta apresentada pela Federação dos Servidores Públicos do Estado da Bahia – FESPEBAHIA.
“Certo que a transparência e o diálogo sempre serão a melhor escolha, mostramos e deixamos bem claro que estamos na diretoria do sindicato, mas somos servidores públicos do Estado. Merecemos respeito, acima de qualquer coisa e que, nunca, nenhuma decisão será tomada somente por nós. Deixamos claro a nossa postura, e argumentamos que a categoria está insatisfeita com a postura ditatorial e neoliberal do governo, primando pela falta de diálogo, mostra uma postura contrária a apresentada na campanha “, relata Ivanilda.
A Assembleia Legislativa aprovou, por maioria, o reajuste linear de 4% para todo o funcionalismo público na sessão desta terça-feira (28), com voto contrário da oposição. A atualização estava contida em dois, dos seis projetos, chancelados pelo plenário durante os trabalhos. O mesmo percentual foi concedido a governador, vice-governador e secretários de Estado, por meio do Projeto de Lei 25.393, da própria Mesa Diretora da Casa, desta vez acolhido por unanimidade.
Em uma luta incansável os servidores seguiam pleiteavam um percentual de 10%, com retroativo. Os trabalhadores da saúde não puderam acessar ao plenário, então acompanharam a apreciação das matérias no Salão da Galeria dos ex-presidentes, onde foi colocado um telão, e nas salas das comissões, por meio dos monitores ali existentes.
Alguns deputados, a exemplo de Hilton Cardoso (Psol), Olívia Santana (PC do B) e o líder da oposição, Alan Sanches (UB), protestaram contra a medida. O líder do governo, Rosemberg Pinto (PT), se mostrou “sentir seguro”, citando as agressões sofridas por ele e por colegas. Sandro Régis (UB), por sua vez, disse ser contra o fechamento das galerias para os trabalhadores. Rosemberg, na semana passada, na ALBA, disparou que as entidades nunca o procuraram. Após a afirmação, o Sindsaúde – Ba, postou vídeo com as datas das reuniões, onde prova que o deputado Rosemberg Pinto (PT) mentiu!
“Importante salientar que o reajuste proposto não consiste em mera reposição das perdas nos últimos 10 anos. Visto que considerando a inflação de 3,86% (IPCA), nós servidores acumulamos uma perda de 54,25% (Dieese)”, pontuou Dijlama Rossi (Tesoureiro do SindsaúdeBa). A Secretária Ana Carina, pontuou que “o percentual concedido de 4%, dividido em 2x, é uma vergonha! A falta de diálogo do governo progressista é preocupante. Lembremos que governador Jerônimo é servidor público e não estava valorizando a categoria, com seu histórico popular de defender os direitos das minorias, na região sisaleira, não condiz com a prática atual, é uma vergonha”, desabafou Ana Carina.
A votação ocorreu após marcha dos servidores pela avenida Paralela e manifestação na porta da Alba. Os servidores públicos na capital e interior mostraram sua força e, através de amplo esforço, promoveram uma maior unidade da categoria em buscar de maior valorização de seus direitos. A diretoria do Sindsaúde – Ba convocou e marcou presença em diversos atos pela capital e pelo interior.
Amanhã, 29 de maio, às 15 horas, o sindicato realizará Assembleia Geral hibrida, para tirar novas propostas e definir novos encaminhamentos.

Postar um Comentário