Profissionais da saúde são fundamentais para as campanhas de Saúde Pública na Bahia e pelo Brasil
Nesta segunda-feira (27), o Ministério da Saúde (MS) lançou o Movimento Nacional pela Vacinação. O evento de lançamento da campanha aconteceu na Unidade Básica de Saúde nº 01 do Guará, no Distrito Federal, e contou com a participação do Presidente Lula, do seu vice, Geraldo Alckmim, e da Ministra da Saúde, Nísia Trindade. Com a mensagem “Vacina é vida. Vacina é para todos”, o movimento inaugura, principalmente, a inclusão da vacina bivalente contra a COVID-19 no Calendário Nacional de Vacinação, além de abranger outros imunizantes e incentivar a atualização do quadro vacinal pela população.
Anunciada desde o final de 2022 e uma das prioridades do governo federal para reconstruir o Sistema Único de Saúde (SUS), a campanha tem o objetivo de ampliar as taxas de cobertura vacinal que estão em queda desde o ano de 2015. O Brasil já foi referência mundial em imunização, mas após apresentar sucessivas reduções na cobertura vacinal de crianças e adolescentes, é um dos países com maior risco para volta da poliomielite, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).
“Reconhecer que estes são passos imprescindíveis para a retomada do SUS e a recomposição do País enquanto referência mundial em imunização é essencial, mas não permite tardar em apontar que são medidas iniciais, que mostram o trajeto em direção a outras decisões substanciais para a reconstrução do sistema de saúde brasileiro e da recuperação da saúde da população. Mas falta a valorização dos servidores públicos da saúde, que ganham péssimo e falta valorização do administrativo e da enfermagem.”, pontuou a presidente Ivanilda Brito do Sindsaúde Bahia.
Aproveitando a boa fase do Governo Federal e grandes sonhos do por um Brasil melhor para todos. Falta também a revogação da EC 95, que Lula tratou como aberração em vários discursos pelo país.
Olhando para a maior categoria do segmento de saúde do país, é um compromisso importante e de grande urgência para o Governo Federal (Presidente Lula), Estadual (Jerônimo Rodrigues) e os 517 municípios baianos. Enfermeiros, técnicos e auxiliares aguardam a edição da Medida Provisória que garante o repasse das fontes de custeio para estados e municípios pagarem o piso salarial, conquistado pela mobilização unificada e histórica da categoria, previsto na Lei do Piso Salarial da Enfermagem (Lei 14.434/2022) e nas Emendas Constitucionais 124 e 127 – as quais dispõem sobre fundos públicos de aproximadamente R$ 30 bilhões para aporte à União e aos estados e municípios.
É a Enfermagem que coordena, organiza e executa o Programa Nacional de Imunizações – PNI, portanto, levantar a bandeira da vacinação precisa, inevitavelmente, ser um compromisso com a categoria com maior número de mortes durante a pandemia e segue como linha de frente do cuidado, sendo a mais impactada pelas péssimas condições de trabalho, pelas múltiplas jornadas e pelos salários miseráveis pagos pelos patrões.
“Essa luta é de todos e todas, somos a maior categoria da área de saúde e cuidamos com muito comprometimento com a saúde da população. Estamos exaustos pelo excesso de carga horária, pela precarização e vínculos trabalhistas frágeis com a constante terceirização, estamos passando grandes dificuldades financeiras pela falta de reajuste dos nossos salários. Não queremos aplausos, só queremos nosso direito reconhecido com o cumprimento da lei do piso salarial da enfermagem, vamos continuar a exercer um trabalho digno, de referência que já somos, mas com a valorização salarial que tanto merecemos!” desabafou a diretora Dart Clair (enfermeira) , que luta pelo Piso Nacional da Enfermagem junto com os colegas da área.
O Brasil não pode mais esperar para reaver o brio de ter a maior política de saúde do mundo, que é majoritariamente executada pela maior categoria de saúde do país. Portanto, a Enfermagem também não pode mais esperar. Vacina é vida, vacina é para todos e depende da Enfermagem!
Enfermagem valorizada, população vacinada, SUS fortalecido! Slogan da campanha da CNTS.