Paralisação de 72h! Diversas cidades baianas realizaram atos nesse primeiro dia. Amanhã a mobilização continua!
O SindsaúdeBa deu início na manhã desta segunda-feira (13), a uma paralisação de 72h. O sindicato está mobilizado em frente à ALBA, contra o projeto de lei enviado pelo governador que propõe reajuste de 4%, dividido em duas parcelas, sem pagamento de retroativo a janeiro, data base do servidor. A paralisação foi decidida em assembleia, realizada na última quinta-feira (09).
Neste primeiro dia de paralisação, servidores de norte a sul da Bahia movimentaram as redes sociais mostrando a sua indignação.
Em Salvador, servidores (as) marcaram presença em frente à Assembleia Legislativa (ALBA), durante o período da manhã.
A presidente do sindicato, Ivanilda Brito, pontuou a importância da ALBA e seu significado, e que a mesma encontra-se fora dos trilhos: “Essa casa, que deveria ser do povo, está sendo quintal do governador! A nossa assembleia deliberou 72h de paralisação, vamos mostrar nossa luta pela Bahia e revelar nossa força. Essa vergonha de proposta de 4%, reajuste salarial, não aceitamos. Fomos anjos e heróis contra a Covid-19, salvamos milhares de famílias e agora o que temos com o governo do povo? — Nada, nem um diálogo. Nós aposentados estamos sofrendo muito e, por isso, precisamos unir forças por toda a Bahia. Jerônimo pode estar viajando, mas vamos encher as redes sociais e mandar para toda a imprensa, cada um de nós, para chegar até o Governo Federal. Queremos respeito!”.
Durante a mobilização em frente a ALBA podia-se ver servidores manifestando sua indignação e revolta pela postura autoritária e neoliberal do Governo do Estado da Bahia. Para a secretaria geral, Ana Carina Dunham, a mobilização precisa ainda mais de força. “Estamos com indicativo de Greve, precisamos mobilizar a categoria através das ferramentas que tivermos. O gigante acordou e precisamos que todos, eu e vocês, façamos a mobilização nas nossas redes, ligando para os colegas e chamando-os para luta, na capital e no interior. A construção desse país passou por luta e é isso que estamos fazendo neste momento estamos lutando por nossos direitos”.
Indignada com a postura do governo, a vice-presidente Tereza Deiró reafirmou a importância da luta. “Não aceitamos os 4%. Acordamos em caráter emergencial uma proposta de 10%, com retroativo. Não abriremos mão das nossas perdas que já são de 54,25% (segundo o Dieese). O Governo do Estado é culpado por estarmos adoecendo. É inaceitável, essa proposta imposta sem diálogo! Já fizemos nossa proposta! Temos uma pauta com 19 pontos. Abram a mesa de negociação e vamos conversar“, pontuou Tereza Deiró.
Não foi apenas na capital que ocorreram as manifestações. Servidores de diversas cidades paralisaram as atividades e realizaram algum ato, a exemplo de Serrinha, Itaberaba, Alagoinhas, Jequié, Seabra, Itaberaba, Vitória da Conquista, Ilhéus e Itabuna.
A cerca de 530 km de Salvador, os servidores de Vitória da Conquista mostraram sua força e pararam o Núcleo Regional de Saúde, reduziram também o atendimento nas unidades hospitalares, conforme estabelecido por lei. “Estamos paralisados por 72h. Não concordamos com esse posicionamento do Governo do Estado da Bahia. Uma vergonha! A região sudoeste parou! Governador Jerônimo, queremos respeito, somos servidores como você!”, disse o diretor de interior Fabrício Lacerda (Diretor Vitória da Conquista).
Na cidade Sol (Jequié), a 370 km da capital, os servidores públicos da saúde iniciaram a concentração cedo em frente ao Hospital Geral Prado Valadares – HGPV. Conforme a diretora Elza Soares de Jequié, os servidores estão indignados. “Não podemos permitir que um governo, que diz ser do povo e dos trabalhadores, faça isso conosco, servidores. É desumano e imoral! Vamos mobilizar a região e mostrar a força dos servidores públicos da saúde”, comentou Elza Soares (Diretora Jequié).
*Para 2ª dia de Paralisação de 72h, já estão confirmados atos em:*
Salvador – ALBA (9h)
Serrinha, Itaberaba, Alagoinhas, Vitória da Conquista, Jequié, Ilhéus, Itabuna, Feira de Santana, Itapetinga, Itamaraju, Guanambi, dentre outras cidades.