Manifestação e carreata contra a proposta de 4% do Governo do Estado da Bahia.
A chuva não afastou os servidores públicos da saúde do Estado da Bahia nesta quarta-feira, 17 de abril, que saíram em carreata da região do Iguatemi até o CAB, passando pelas principais secretarias de governo, liderados pela FESPEBAHIA, o Sinpojud, Sindsaúde – Ba, APLB, SindContas, Sintest e Sindsefaz, tendo o apoio da CTB Bahia.
“4% dividido em 2 parcelas, sem retroativo, cadê o respeito, cadê a mesa de negociação? Trabalhamos com orgulho e defendemos com as nossas vidas o SUS! Seguramos e valorizamos o sistema único de saúde durante a Pandemia e agora com a Dengue. Que arrocho salarial é esse? Fizemos o que de errado para sermos punidos pelo governador?”, desabafa a presidente do Sindsaúde -Ba Ivanilda Brito. Destacou ainda a importância da atividade, falando que não dá mais para tolerar esse descaso, já que os servidores e servidoras estaduais têm garantido o sucesso das políticas públicas e dos serviços prestados pelo Estado ao nosso povo. “É hora de valorizar todas as categorias com reajuste decente e atendimento das outras reivindicações que foram encaminhadas”, afirmou.
O tesoureiro do Sindsaúde – Ba, Dijalma Rossi, colocou sobre a necessidade de provocar e exigir a abertura da mesa de negociação e que o governo tem que abrir o debate sobre o reajuste salarial e as perdas salarias dos servidores. O diretor de Formação, Leandro Lino, disse ainda: “Observamos o descaso na saúde por parte do Governo, quando fecha a porta e nega ao diálogo. Que tipo de democracia é essa? Nós que trabalhamos em emergências atuamos com amor e respeito, carinho e muita dedicação, por isso, merecemos esse respeito por parte do Governo do Estado da Bahia. Jerônimo é servidor público; eu esperava mais dele”.
“Hoje, somos 270 mil famílias pelo Estado prestando ótimos serviços… precisam ser valorizados e que o governo garanta uma remuneração digna e condições adequadas aos bons serviços que a população merece. Estamos de parabéns! Em cada canto nos locais de trabalho estão conosco, contra esse reajuste proposto pelo governo. Uma perda salarial acumulada tão grande, e oferecer 4% é absurdo! E ainda dividido! Uma vergonha! Nós queremos a reposição! Estamos humilhados devido aos baixos salários e pela privatização do serviço público. Só vemos precarização nas unidades de saúde, cadê o concurso público? Quer construir a democracia como, com essa atitude?”, disse a diretora Aladilce Souza.
Além da abertura da mesa de negociação e do reajuste salarial, as entidades querem o respeito ao direito garantido por lei à data base (1º de janeiro); realização de concurso público e desprecarização de vínculos; melhorias no Planserv; valorização dos aposentados e pensionistas e a recomposição das perdas salariais. Um estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Econômicos (Dieese) mostra que, de janeiro de 2015 a dezembro de 2023, a perda salarial dos servidores da saúde do estado é de 54,25%.
Após a carreata, servidores realizaram uma assembleia-geral aprovando encaminhar uma nova proposta ao Governo do Estado da Bahia, aceitando 10% de aumento com a abertura da mesa de negociação permanente e concurso público, principalmente para SESAB.
Estiveram presentes na carreata os diretores do Sindsaúde – Ba: Dart Clair (Feira de Santana), Maria Solemar, Dijlama Rossi, Maria Leonor, Maria Celeste, Leandro Lino, Joana Evangelista, Orlando Souza, Martha Bispo, Conceição Mesquita, Aladilce Souza, Maria Conceição (Barreiras) e Ivanilda Brito.